adaptações virtuais
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A exposição virou um GIF. O GIF me lembra os livrinhos de animação que eu fazia quando era mais novo. Geralmente fazia animações na beira dos cadernos de 200 matérias das disciplinas da escola. Desenhava do fim pro começo, sobrepondo uma porção de imagens que, juntas e encavaladas, davam a sensação de movimento no folhear do caderno. Era engraçado que a magia toda acontecia justamente onde não tinha desenho, nos vazios que eu deixava entre uma página e outra, na conexão entre as imagens  alguma ilusão se criava na cabeça. 
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O GIF que não chega a ser vídeo nem foto me lembra um vídeo de bolso ou um álbum de fotografias em movimento, só que o GIF não tem como passar pra frente nem voltar pra trás.  Não é livro, não é cartaz, parece um panfleto na mão de um panfleteiro. Tem alguma coisa de spam, imagino minha tia panfletando um GIF no grupo das professoras da escola (talvez eu devesse ter começado a exposição com 1 bom dia). E agora o GIF é uma exposição que você não viu, mas que fica naquela pastinha do celular que ninguém limpa "GIFS do zap", igual aquele panfletinho que você pegou na rua, não leu e esqueceu no fundo da bolsa. O GIF é fácil de abrir, não precisa baixar o app, nem se cadastrar, nem ativar o sininho, nem cancelar inscrição, nem liberar os pop-ups, nem esperar 5 segundos para pular o anúncio que já foi anunciado nos 5 segundos de espera.